domingo, 6 de diciembre de 2009

Dor portuguesa




Achei-me preparada
para sofrer as dores da alma,
sem lágrima alguma,
por vez primeira.

O amor,
primitivo sentimento,
feriu-me com o punhal tão conhecido por mim.
Mas agora, tenho a triste surpresa
de que o sangue escorre no chão da minha vida
sem eu fazer outra coisa mais que olhar o caminho de arvores floridas,
vítimas do rego do meu coração.

A insensibilidade do meu sentir
testemunha os tantos punhais que a minha humanidade recebeu,
para fazer de mim a rocha de dor que hoje sou.

1 Comment:

  1. punto guión said...
    Que alegría ver que alguna parte de mi, aunque sea a través tuyo, se proyecta y expresa en mi lengua madre. Además me gustó mucho, como siempre y como siempre también presente esa melancolía inagotable. Te quiero (punto guión)

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"Comprendí que el trabajo del poeta no estaba en la poesía; estaba en la invención de razones para que la poesía fuera admirable..." (J.L.B)